segunda-feira, 21 de março de 2011

A FESTA

Há tempos não via muitas daquelas pessoas.
Foram chegando devagar,
Algumas sozinhas,
Outras em bando.
O som ia tomando conta do lugar.
Os copos iam ficando cheios,
Depois vazios,
Depois cheios outra vez.
Sentimentos se misturando
Com álcool,
Segredos revelados
A cada cigarro.
Paixões aflorando entre uma musica e outra,
Fisionomias se modificando a cada gole.
Olhos buscando outros olhos,
Olhares perdidos no vazio
Da noite que dança.
Anseios desmedidos,
Bocas que beijam sem sentir,
Juras e promessas sob a luz do neon
Abraços rompendo a madrugada
Depois,
Um balé solitário
Mais uma dose
Um passo em falso
E o dia amanheceu
Sem avisar
Agora não tem mais musica
Só copos pelo chão
Cadeiras vazias
A festa acabou
É hora de ir pra casa
E acordar ao entardecer


Ana Mascarenhas – 22/03/11













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