DESPINDO O VENTO
Às vezes sou como o
vento
Quando geme diante
das tempestades
Outras sou como a
folha
Que balança na árvore
quando a brisa sopra
Não quero ser o ontem
Nem o amanhã
Quero ser o agora
Verdade que verte
Ainda que doa
Eu devoro a vida
E ávida a vida me
devora
Revelando rastros de
um eu
Que não me cabe mais
Quero a verdade
dissipando os fantasmas
Quero a confiança
rompendo as amarras do medo
Quero ancorar em um
porto sereno
Não quero um cais de
desilusões
Quero um mar que me
entorne
Quero rasgos de paz
transpassando minha alma
Enquanto o espírito repousa
Despindo os nós
Dois
Ana Mascarenhas/Luís
Fabiano – 20/06/2013