quarta-feira, 20 de junho de 2012

ESCRITAS DA ALMA

Gosto dos teus rasgos de ternura
Do teu olho que me fita e tudo diz
Gosto do que temos e do que somos
Gosto de não antever o fim
Gosto do mar que nos habita
Gosto de tudo que incitas em mim
Gosto de deslizar na leveza das coisas simples que nos permeiam
Gosto de nossas bobices
Nossas loucuras
E até de nossas ausências
Que nos tornam
Cada vez mais cúmplices dessa história
Que nossas almas gostam tanto
De escrever juntas

Ana Mascarenhas – 20/06/2012




segunda-feira, 18 de junho de 2012




VANGE MILLIET / VOU TE CONVIDAR

 TA FEITO O CONVITE!!
 SIMPLES ASSIM!
 VEM?! 
 

ABISMO DE FOGO

Não quero mais sentir o veneno de algumas noites
Rondando o que ainda me resta de paz
Não quero mais correr os riscos que certas noites destilam
Abraços torpes em volta de uma mesa qualquer
Um abismo disfarçado de noite tragando minha lucidez
Devorando o sossego das manhãs
Deixando em mim um rastro inquieto
Um vazio em forma de labirinto
Do qual já consegui escapar
Uma estrela cadente risca a escuridão
Volto pra casa
Pra atiçar o fogo
Ouvir o estalar da lenha
E ficar olhando o braseiro
Enquanto minha língua se delicia
Com o retrogosto do tannat
Que respira na taça que descansa sobre a mesa

Ana Mascarenhas – 17/06/2012









quinta-feira, 7 de junho de 2012



Faz certo tempo que não ando por aqui
Tenho sentido saudade de regar a flor e a palavra
Desprender da alma os sentimentos que se aninham por lá
Transformar tudo num poema sem rima
Num poema diverso sem verso
Algo entre o devaneio e a insensatez
Despertar as palavras adormecidas
 E deixá-las vir à tona desnudas
Às vezes com a ternura de uma renda
Outras vezes a palavra de um outono em desencanto
Um vento frio retorcendo as folhas secas sobre as calçadas
Promessas desvanecidas
O sol do outono em poesia
Uma nova plumagem vestida de esperança
Outra pele envolvendo a flor
Aquecendo o inverno de meu amanhã

Ana Mascarenhas / Luís Fabiano – 08/06/2012