DESERTANDO VENENOS
Verte em mim
O riso sem tramas
Sem vestes
Riso despido
Riso escancarado
Ainda que por vezes
Me sangrem as palavras
Oriundas dos beijos secos
Das cumplicidades
falidas
Dos abraços
multifacetados de outrora
Sentimentos pueris
Verdades dilaceradas
Pela crueza do viver
Deserto varando a
noite
Peçonhas que se
escondem
O mal e o bem querer
entrelaçados
O riso insano
Uma teia segregada
tecendo esperanças
Ana Mascarenhas /
Luís Fabiano – 17/05/2012