terça-feira, 31 de janeiro de 2012

PÉTALA DO MEIO DIA

Arrumando as malas
Pra ir jogar
Flores no mar
E depois
Catar palavras
Na areia

Ana Mascarenhas -31/01/2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

PÉTALA DA MEIA NOITE

Aviso
Aos navegantes
Que estou por chegar
Pra
Molhar meus pés
Nas águas
 Do meu
Santo mar
Vou me refazer
Pra recomeçar
Meus olhos
Rompendo o céu
Minha mente
Em paz 

Ana Mascarenhas – 31/01/2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

PÉTALA DO AMANHECER

Noite de sexta-feira
Cheguei em casa pós trabalho
Com uma inquietação
Querendo algo que não sei bem explicar
Na verdade
Não preciso explicar nada
A noite avançava
E algo me carcomia
Fiz um gim tônica
E a outra
Que mora em mim
Revelou-se
Um telefonema
Outro gim
E pronto
A sexta-feira
Num piscar de olhos
Já era sábado

Ana Mascarenhas – 28/01/2012


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

PÉTALA DA MANHÃ

Às vezes pensamos
Que já percorremos
Um determinado caminho
E que não há mais nada a fazer
Mas nem sempre é assim
Sempre é possível dar mais um passo na mesma estrada
E isso pode ser chamado
De recomeçar

Ana Mascarenhas – 27/01/2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

LACUNAS DO QUERER

Gosto das lacunas
Que se interpõe pelos nossos dias
Sentimentos desgarrados
Vontades a flor da pele
Seiva insaciável
Percorrendo
Corpo e Alma
Sábias lacunas do querer
Que de tempo em tempo se abrem
Transformando
O perigo iminente
Da modorra
Em asas gigantes
Que planam
Sobre o infinito

Ana Mascarenhas – 26/01/2012

PÉTALA DA MANHÃ

Hoje acordei
Querendo apenas
 Aquietar a alma
Descansando meus olhos
Na infinitude do mar

Ana Mascarenhas – 26/01/2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

LEVEZA ESMAECIDA

O anoitecer
Ameniza
O açoite
Do dia
Incandescente
Onde
Tudo
Se escancara
Realidade
Insana
Da busca
Incessante
Do riso
Que perdi
A lucidez
Na corda bamba
A solidão do caos
Ameaçando a paz da solitude
O incansável
Desafio
De não abandonar
A leveza
Que
As vezes
Esmaecida
De torpor
Não encontra
Forças
Pra sair
Do
Labirinto

Ana Mascarenhas – 23/01/2012

sábado, 21 de janeiro de 2012

NAS ONDAS DA PAZ

Enquanto
A verdade
Não se desviar
De nossos caminhos
Não há razão
Para medo
Nem dor
Nem mágoa
Nem naufrágio
Enquanto
Houver
Verdade
O barco segue seu rumo
Singrando
Suave
As ondas
Da paz

Ana Mascarenhas – 21/01/2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012


Mais uma estrela, que subiu pra cantar!
Vai em paz Etta James!



Elis, pra sempre!!

NADA SERÁ COMO ANTES

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

PÉTALA DA NOITE

No rastro
Do teu silêncio
Dormi nos braços da paz
Estranho seria
Se não fosse assim

Ana Mascarenhas – 18/01/2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

Grande Paulinho Moska
E sua descrição maravilhosa sobre o amor
Amor desmedido
Verdadeiro
E liberto
Apreciem  sem moderação!

sábado, 14 de janeiro de 2012

PÉTALA DO ENTARDECER

Enquanto
A chuva
Batia
Na vidraça
A tarde
Me sorriu
Com olhos
De desejo
E te trouxe
Sem pressa
De presente
Pra mim

Ana Mascarenhas – 14/01/2012
A VOZ DO SILÊNCIO

Não gosto
Desse silêncio inquieto
Que eu não sei de onde vem
Nem desse silêncio latente
Que antevê a presa
Não gosto desse silêncio
Que retumba
Sem dizer nada
Gosto
Da fala mansa
Do silêncio
Que antecede o verso
Gosto do sussurro
Do silêncio
Que vem do vento
Gosto de ouvir o silêncio
Aquele
Que ao entardecer
Ecoa
Carregando a paz

Ana Mascarenhas – 14/01/2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DESENCARCERADO

Não sou
Melhor
Do que ninguém
Apenas
Aprendi
 Com o tempo
A não
Encarcerar
Meus sentimentos
Estou livre
Dos quereres
Que aprisionam
E adoecem
Não me interessam
Os beijos
Secos
Com o gosto
Doentio
Da busca
Incessante
De certezas
Que não
Existem
Assim
Como
Não me apraz
A presença
Constante
De um corpo
Inerte
Cuja
Alma
Por sentir-se presa
Queira
Aportar
Em outro cais
Agradam-me sim
 Portas
Destrancadas
Janelas
Abertas
Um ir
E vir
Desobrigado
E leve
Como bolhas de sabão
Ganhando o céu
Agrada-me
Esse caminhar
Por vias
Que
Não conheço
E mais ainda
A poesia
Instigante
Contida
Nas surpresas
Das coisas
Vividas
Quando
Se percebe
O quanto
É bom
Não querer
Acorrentar
O amanhã

Ana Mascarenhas – 10/01/2012





segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PÉTALA DA MANHÃ


Minha intuição
Sempre
Muito invasiva
Vive
Insistindo
Em contar
Coisas
Que
Minha alma
Sábia
Já resolveu
Que não quer saber

Ana Mascarenhas – 09/01/2012