Três anos, Três meses e o Infinito
O amor é mesmo raro
Tece suas rendas de
ternura
E se aloja
inesperadamente
Mar aberto
Emoções velejando
verdades
Duras
Cruas
Sedentas
O barulho da chuva em
nós
O barulho da chuva na
vidraça
A calçada a nossa
espera em algumas noites do verão que se aproxima
O amor se convertendo
em confiança
A confiança se
convertendo em mais amor
A distância que não
afasta
A tua mão sobre a
minha
Mais livros sobre o
balcão
Um copo de rum
Uma pedra de gelo
A tua voz embargada
recitando um poema
Um filme pela metade
Uma paixão que verte
Um querer que deságua
Meu olhar enternecido
Diante das coisas simples
Que nos entornam
E nos agradam
E nos fazem
Até hoje
Estar aqui
De mãos dadas
Vislumbrando o
infinito
Do nosso querer
Do tamanho do mar
Ana Mascarenhas – 05/11/2013