terça-feira, 5 de novembro de 2013

Três anos, Três meses e o Infinito
O amor é mesmo raro
Tece suas rendas de ternura
E se aloja inesperadamente
Mar aberto
Emoções velejando verdades
Duras
Cruas
Sedentas
O barulho da chuva em nós
O barulho da chuva na vidraça
A calçada a nossa espera em algumas noites do verão que se aproxima
O amor se convertendo em confiança
A confiança se convertendo em mais amor
A distância que não afasta
A tua mão sobre a minha
Mais livros sobre o balcão
Um copo de rum
Uma pedra de gelo
A tua voz embargada recitando um poema
Um filme pela metade
Uma paixão que verte
Um querer que deságua
Meu olhar enternecido
Diante das coisas simples
Que nos entornam
E nos agradam
E nos fazem
Até hoje
Estar aqui
De mãos dadas
Vislumbrando o infinito
Do nosso querer
Do tamanho do mar

Ana Mascarenhas – 05/11/2013