sexta-feira, 23 de agosto de 2013


DEVASSANDO LABIRINTOS

Eu viajei de ti
Eu viajei de mim
 Fui devorada pelos meus vazios
Compreendi as dores
Cuidei dos desassossegos
Rastreei o que sou
Senti o que ainda pulsa
Um rastro teu que pulsa em mim
 Um rastro teu que não me deixa partir
Um gosto teu que não me sai
Um querer maior que o medo
Um amor maior que o presságio
Que ronda o tempo
Quando não estás
Teu olhar que me fita
Teu olhar que me sabe
Teu olhar que me decifra
E me dissipa os anseios
Desvanecendo fantasmas
Espumas tecidas de medo
Se convertem em diamantinas certezas
Quando então
A verdade verte de mim
Parindo emoção
E assim
Eu te encontro outra vez

Ana Mascarenhas / Luís Fabiano -23/08/2013

A DISTÂNCIA POR UM FIO

Rastros de incerteza
Permeiam o tempo
A essência adormecida
Nos braços do querer
Não sei mais quem sou
Não sei mais quem és
E nem pra onde vão nossos passos trôpegos
Meu querer em brasa
Teu querer ao vento
Minha mão te busca
Tua mão vacila
Eu te chamo
E tu não estás
O mar dança diante dos meus olhos
Mas não te sinto
Eu, alagadiça
Tu, deserto
Eu, arrepio
Tu, miragem
Eu, amor
Tu, coragem

Ana Mascarenhas – 23/08/2013





segunda-feira, 12 de agosto de 2013


Há algum tempo atras, já havia postado esta canção aqui...
 Porém, a música tem destas coisas, momentos que vão e vem...
Sensações que entornam da alma eternizando vontades...
E assim, hoje, de uma outra forma,esta canção mexeu comigo...
E eu me senti livre para compartilhá-la, aqui, outra vez...
Apreciem, com a leveza que a alma e o coração permitirem...
CAETANO VELOSO -PRA TE LEMBRAR



terça-feira, 6 de agosto de 2013

ASAS PARTIDAS

Não sinto mais nossas asas
Planando lado a lado sobre o infinito
Sinto tuas asas querendo aportar em outras paragens
Sinto o amor se despetalando
As pétalas naufragando suavemente
Num mar que já não é meu
Teu olhar inquieto
Desvelando a verdade
De que não são só outras camas
E outras bocas que te tragam
E sim outros olhos que te capturam
E lentamente te levam de mim
A leveza do riso
E as portas destrancadas
De um amor sem amarras
Já não te fazem querer ficar
O aprazível tragando o infinito
O abismo tragando o mar
Um abismo
Ecoando em mim

Ana Mascarenhas – 06/08/2013