MANSIDÃO
INCANDESCENTE
Que vontade de deitar meus olhos
Nas ternuras que
repousam nos teus abraços
E depois capturar teus
versos mais afiados
E despejar sob a noite na calçada
Enquanto a navalha decepa
o medo
De que tudo se acabe
Lágrimas despetalando
a verdade
Quereres sobrepondo o
tempo
Amor desencarcerado
Vastidão de
sentimentos
Luzindo no infinito
Enquanto os desejos
da alma
Pairam
Sobre a mansidão
Incandescendo ainda
mais
O que sempre esteve
vivo
Ana Mascarenhas – 22/02/2013