quarta-feira, 6 de abril de 2011


GOTAS DE SILÊNCIO

Uma serenidade sem modorra
Uma paz que rasga a alma
Uma eternidade que pode durar um só instante
Tua voz rascante e grave
Um arrepio que me entrega
Uma distância que provoca
Um olhar que não cala
Tal qual um rio que não seca
Ou uma chuva mansa que não pára
Uma saudade que repousa
Uma inspiração que não estanca
Um descansar teu no meu abraço
Que foi suave como o sol quando desponta
Não me assusta o ontem que ja foi
Nem as cortinas fechadas do amanhã
Arrisco-me serenamente nos trapézios do hoje
Com sensatez
Pois um passo em falso pode ser fatal


Ana Mascarenhas - 06/04/11






Um comentário:

  1. Sabe aquele orgulho que nós temos ao ver a vitória de um filho quando ele supera os desafios da vida, seja pra encarar o primeiro dia de aula, passar numa prov a dificil, vencer uma doença idiota? Pois é assim que me sinto quando vejo cada novo texto da Ana, orgulhosa pela maturidade que ela imprime a cada palavra e pela leveza que ela expressa a cada sentido apreendido na vida. Inspiradora esta tua nova fase!!!!
    STAEL GIBBON

    ResponderExcluir