quinta-feira, 28 de abril de 2011

UMA BRISA NO MEIO DA TEMPESTADE

Não quero amarguras
Nem autocomiseração
Nem indiferença
Quero respeito
Consideração
Poesia
Não quero palavras ditas por dizer
Nem promessas que não se cumpram
Não quero nada além do que me cabe
Quero ganhar a vida
Dignidade
Poesia
Não quero descaso
Nem futilidade
Nem dissimulação
Quero colo
Poesia
E sensibilidade
Não quero nada que me raspe
Nada que me doa
Nem nada que me torne fria
Quero acreditar
Quero música
Quero poesia
Não quero amarras
Nem obviedades
Nem nada de exageros
Quero ser eu mesma
Um bom vinho
E a corda bamba da verdade
Não quero a sensação do vazio
Nem a de acomodar-me no caos
Quero perseverança
Poesia
E uma brisa que me abrace
No meio da tempestade



Ana Mascarenhas – 28/04/2011



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