terça-feira, 30 de agosto de 2011

AS PIRUETAS DA VIDA


Caminhar ao entardecer
Por essas ruas que me acolhem
Nesse porto que me abriga
É como aparar arestas
O dia foi apagando
A noite foi se acendendo
As casas se iluminando
Um ir e vir
Cotidiano
Transeuntes
Buzinas
Encontros
Com pessoas de um passado breve
Acenando possibilidades
Ironias da vida
Reinventando
A existência e seus mistérios
Mais um gole de esperança
Mais um sopro de determinação
Ganas de viver
Apagando as agonias
Deixando que a ternura me rasgue
 E que o desejo me acaricie
Enquanto a vida multifacetada
Me entontece
Com suas piruetas
Sem tirar-me do eixo
Ainda que viver
Seja às vezes
Um grande labirinto


Ana Mascarenhas – 31/08/2011

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