quinta-feira, 25 de agosto de 2011

NASCENTE


A verdade
Das palavras
Que dizemos
Ofusca
O ruído
Das más línguas
Nosso rir a toa
Nossas pernas entrelaçadas
Nosso navegar
Tem causado descontentamentos
Seguimos adiante
Repousando no abraço
Um do outro
Sentindo a brisa
A maresia
Atentos as tempestades
Durante o percurso da viagem
Nos tornamos
Loucos
Cúmplices
Leves
Permeados
Por nossa respiração
Divina
Asas que nadam
Lemes que flutuam
Silêncios que ecoam
Risos que choram
Enquanto nossas bocas
Tocam o céu
Descortinando
O infinito
Beirando precipícios
Afiamos nossas línguas
Na ponta do fio da palavra
E no brilho da flor da navalha
Nossas inspirações são concebidas
Na nascente de nossas almas
Feito rio que corre pro mar
Assim como tudo que reverbera
Em cada um de nós




Ana Mascarenhas – 25/08/2011











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