RETRATOS DA AGONIA
O ar parecia rarefeito
A noite carregava
Uma estranheza
Sentidos
Aguçados
E confusos
Adormeci
Entre silêncios
E vertigens
Densas energias
Cochilavam
Escondidas
Nas curvas
Da vida
Atrás das esquinas
Enquanto a cidade
Dorme
A lua se esconde
E a noite
Se contorce
Tentando driblar
A maldade
E a ganância
Que Cravam
Seus dentes
Em quem ousar
Enfrentar seus açoites
Escravos cativos sem grilhões
A espera de uma liberdade que não amanhece
Ou um consolo para dores que não cessam
Gritos anônimos misturam-se
Ao meu silêncio
Arrancando-me involuntariamente
A paz que tento cultivar
Ana Mascarenhas / Luís Fabiano Gonçalves – 17/11/11
Nenhum comentário:
Postar um comentário