quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CIO DOS MEUS PORÕES

Hoje visitei
Meus porões
Abri portas
E janelas
Deixei entrar
O sol da manhã
Arejei os guardados
Joguei fora os entulhos
Guardei o estrito
Segui viagem
Enquanto deixava pra trás
O cortejo dos infortunados
Que não querem ver
Asas que batem
Me alimento
De minhas esperanças
Cavando fundo
As sementes de minhas memórias
Tentando salvaguardar
Aqueles que amo
Das brutais agruras da vida
Mas não tenho todas as respostas
Faço minha parte
E aguardo que a lua nasça
Trazendo um novo alento
Que a verdade se dispa
E o sossego ainda que trôpego
Renasça das próprias cinzas

Ana Mascarenhas / Luís Fabiano – 17/11/11


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