sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CURVAS DO AMANHÃ


Tem dias
Que
As lágrimas secam
O grito
Fica preso na garganta
Represando agonias
Com gosto de sal
Soberba da vida
Torrente desesperança
Poros abertos
Feridas expostas
Doendo no osso
Vastidão na alma
Revirando os caminhos
Vaporosos
Que margeiam
O rio
Das vontades
Pensamentos
Que dançam
Inquietos
Sobre as águas
Rastreando
Recorrentes anseios
Que insistem
Em habitar
Os vãos
Causados
Pela ousadia
De querer
Que o amanhã
Curve-se
Diante de nós

Ana Mascarenhas – 30/09/2011













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