Não é do meu feitio
Dar ouvidos
A quem não diz a que veio
Prefiro garras expostas
Dentes a mostra
Essas coisas raras
Que não passam pela covardia
Não deixo que meus dias
Se transformem
Num jogo sórdido
De ficar odiando quem me odeia
Não odeio ninguém
Prefiro passar meu tempo
Dando atenção
Ao que me querem bem
Odiar a mim
Não espantará os medos dos teus fantasmas
Ou tampouco fará com que minha voz
Deixe de ecoar pelos caminhos
Que nos abraçam
Odiar a mim
Não vai abortar
A viagem
Que o destino sussurrou a nossas almas
Temos tempo
Vontade
E bagagem de sobra
Pra seguir
Pelo infinito
E desviar
De desalinhos
Que não são nossos
Odiar a mim
Não calará nossas bocas
Nem apagará nosso riso
Pois não há mandinga
Nem ódio
Capaz
De secar
O mar
Ana Mascarenhas/ Luís Fabiano – 15/09/2011
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