SIM, EU SINTO, MUITO
Não me deixo doer
pelas ausências
Nem pelos silêncios
Quero apenas
apegar-me as verdades daquilo que sinto
Apego-me aos
sentimentos que fazem morada dentro de mim
Vou preenchendo as
lacunas que por vezes se abrem
Tentando entender a
mim
Tentando entender os
outros
Algumas vezes me
abismo
Outras vezes me
encanto
Não raro me calo
E me deixo apenas
sentir
Não sei se é certo ou
errado
Mas faz parte da
minha essência
Sentir tudo até o
osso
Seja dor
Ou Paz
Não lido bem com
superficialidades
Tem dias que choro por
nada
E outros dias que
desfruto
Das sensações de
serenidade
Advindas da alma
Isso pra mim é viver
Sem máscaras
Ser o que sou
E sentir o que sinto
Um luar luzindo na
escuridão
Uma navalha rasgando
a pele
Ambos me fazem sentir
Encantamento ou dor
Enquanto meu sentimento
Não beirar o abismo
da indiferença
É sinal de que ainda
estou viva
E de que por aqui
De uma maneira ou de
outra
Tudo anda bem
Ana Mascarenhas – 07/03/2014
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