quinta-feira, 6 de março de 2014

47 MESES E UM QUERER SEM FIM
Mais um ciclo que nos brinda
Mais um verão que está quase indo embora
Mais um inverno que está por chegar
E nós ainda estamos aqui
Talvez sem uma leveza constante em nosso entorno
Talvez sem tanta constância em nossos encontros
Mas nossas certezas ainda parecem estar em nós
Como o mar que transborda e se recolhe
Em ondas que vão e vem
Ora ele se recolhe
Ora ele transborda outra vez
Mas ele está ali
E nós sabemos disso
Rasgos de um querer
Que não se termina
Eu arriscaria dizer que te sei tanto
Falo de te saber
Através do teu olho
Teu olho que brilha de encantamento
Quando falas de algo que te apaixona
Ou teu olho que se apaga
Feito outro dia
Quando algo te aperta o peito
Falo de te saber como és
E de te querer como és
Falo de um querer genuíno
E de um querer perene
Que me arremessa pra vida
Que me escancara as verdades
Que me dilacera e me afaga
E ao mesmo tempo me acolhe
Nos abraços mais ternos
Que só o silêncio
De nossas almas entrelaçadas por tanto tempo
É capaz de nos fazer compreender
 Porque ainda estamos aqui

Ana Mascarenhas – 06/03/2014









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