47 MESES E UM QUERER
SEM FIM
Mais um ciclo que nos
brinda
Mais um verão que
está quase indo embora
Mais um inverno que
está por chegar
E nós ainda estamos
aqui
Talvez sem uma leveza
constante em nosso entorno
Talvez sem tanta
constância em nossos encontros
Mas nossas certezas
ainda parecem estar em nós
Como o mar que transborda
e se recolhe
Em ondas que vão e
vem
Ora ele se recolhe
Ora ele transborda
outra vez
Mas ele está ali
E nós sabemos disso
Rasgos de um querer
Que não se termina
Eu arriscaria dizer
que te sei tanto
Falo de te saber
Através do teu olho
Teu olho que brilha
de encantamento
Quando falas de algo
que te apaixona
Ou teu olho que se
apaga
Feito outro dia
Quando algo te aperta
o peito
Falo de te saber como
és
E de te querer como
és
Falo de um querer
genuíno
E de um querer perene
Que me arremessa pra
vida
Que me escancara as
verdades
Que me dilacera e me
afaga
E ao mesmo tempo me
acolhe
Nos abraços mais
ternos
Que só o silêncio
De nossas almas
entrelaçadas por tanto tempo
É capaz de nos fazer compreender
Ana Mascarenhas –
06/03/2014
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