sábado, 12 de outubro de 2013

CENTELHA

Eram quatro e trinta e cinco da manhã quando acordei
Sem sobressaltos
Nem pressentimentos
Nem pesadelos
Na TV passava algo que eu não lembro o que era
Sentei na cama e fiquei ali por um tempo
Em mim um vazio
Uma apatia
Um nada
Um não sentir
Ainda assim
Lembro que algo me raspava o peito
E dentro do contexto de estar fora do ar
Isto era de certa forma um bom sinal
Era uma centelha
Uma fagulha
De que eu ainda sentia algo
Mesmo que fosse
O raspar
Que ainda dói agora

Ana Mascarenhas – 12/10/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário