MEUS MEDOS E RENDAS VERTENDO DO ESPELHO
Quando paro diante do
espelho
Não sou eu quem me
vejo
O espelho é quem me
vê
E mostra tudo aquilo
que sou
Emoções que refletem
a alma
A realidade sulcando
a pele
Fazendo verter de mim
Rugidos de tempestade
Ou nuances de por do
sol
O espelho é o único
que conhece
Todas as minhas
dobras
Todas as minhas
arestas
Todos os meus vincos
O espelho não encobre
nada de mim
O espelho quando me
vê revela
A delicadeza das
rendas tocando meus medos
Rendas que desvelam
meus desassossegos mais escondidos
Aqueles que nem eu
mesma sei
Em que vãos de mim se escondem
Ana Mascarenhas – 26/10/2013
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