sábado, 26 de outubro de 2013

MEUS MEDOS E RENDAS VERTENDO DO ESPELHO

Quando paro diante do espelho
Não sou eu quem me vejo
O espelho é quem me vê
E mostra tudo aquilo que sou
Emoções que refletem a alma
A realidade sulcando a pele
Fazendo verter de mim
Rugidos de tempestade
Ou nuances de por do sol
O espelho é o único que conhece
Todas as minhas dobras
Todas as minhas arestas
Todos os meus vincos
O espelho não encobre nada de mim
O espelho quando me vê revela
A delicadeza das rendas tocando meus medos
Rendas que desvelam meus desassossegos mais escondidos
Aqueles que nem eu mesma sei
 Em que vãos de mim se escondem

Ana Mascarenhas – 26/10/2013










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