segunda-feira, 15 de julho de 2013

FOGO EM MAR ABERTO

Mais uma vez
Tudo se acendeu
Teus olhos crivaram os meus
Tuas mãos incandesceram minha alma
Teu cheiro acordou em mim
E eu sorri
Com o gosto da tua boca
Umedecendo meus medos
Com o veludo da tua língua
Lambendo meus desassossegos
Feridas abertas
Sangrando verdades
Um sopro suave
Acalmando a dor
Pernas entrelaçadas
Uma leveza que eu não conhecia
A tua voz ecoando delícias
Versos sussurrados
Sobre o balcão
Risadas rompendo a noite
Um mar de vontades navegando em nós
Uma liberdade rara
Taças com o último gole
Amanhecem sobre a mesa
Anunciando o infinito
Enquanto em mar aberto
Cintila o rastro
De um barco
Sem pressa alguma
De ancorar

Ana Mascarenhas – 15/07/2013
















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