FOGO EM MAR ABERTO
Mais uma vez
Tudo se acendeu
Teus olhos crivaram
os meus
Tuas mãos
incandesceram minha alma
Teu cheiro acordou em
mim
E eu sorri
Com o gosto da tua
boca
Umedecendo meus medos
Com o veludo da tua
língua
Lambendo meus
desassossegos
Feridas abertas
Sangrando verdades
Um sopro suave
Acalmando a dor
Pernas entrelaçadas
Uma leveza que eu não
conhecia
A tua voz ecoando
delícias
Versos sussurrados
Sobre o balcão
Risadas rompendo a
noite
Um mar de vontades
navegando em nós
Uma liberdade rara
Taças com o último
gole
Amanhecem sobre a
mesa
Anunciando o infinito
Enquanto em mar
aberto
Cintila o rastro
De um barco
Sem pressa alguma
De ancorar
Ana Mascarenhas –
15/07/2013
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