sábado, 14 de abril de 2012

TERNURAS IMPERECÍVEIS

Quanto mais o tempo passa
Menos efêmero se torna o nosso querer
Sentimento regado com verdade
Nada de coisas prontas
Amarradas ou banais
Uma vontade perene
De viver o que se sente
Sem as garras derradeiras da rotina
Anunciando o minuto seguinte
Ainda que de vez em quando
 Alguns rastros teus
Façam parte do meu amanhecer
É bom perceber
Que tua escova de dente
Não mora no meu banheiro
E que não há entre nós
Elos apodrecidos por obrigações
Entre nós
O pulsar das ternuras
De notas suaves que se complementam
Singrando os mistérios
De um querer que descansa
Imperecível
Sobre as ondas do mar

Ana Mascarenhas – 14/04/2012


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