TERNURAS IMPERECÍVEIS
Quanto mais o tempo
passa
Menos efêmero se
torna o nosso querer
Sentimento regado com
verdade
Nada de coisas
prontas
Amarradas ou banais
Uma vontade perene
De viver o que se
sente
Sem as garras
derradeiras da rotina
Anunciando o minuto
seguinte
Ainda que de vez em
quando
Alguns rastros teus
Façam parte do meu
amanhecer
É bom perceber
Que tua escova de
dente
Não mora no meu
banheiro
E que não há entre
nós
Elos apodrecidos por
obrigações
Entre nós
O pulsar das ternuras
De notas suaves que
se complementam
Singrando os
mistérios
De um querer que
descansa
Imperecível
Sobre as ondas do mar
Ana Mascarenhas –
14/04/2012
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