O ÚLTIMO GOLE A
ESPERA DO FIM
Saudade de nossas
bocas sedentas
De poesias e desejos
A cada dia
Tudo parece esmorecer
Nós dois
O último gole a
espera do fim
A calçada vazia
entornando lembranças
Um silêncio que corta
Uma verdade não dita
Quereres adormecidos
pelo tempo
Vestígios de um amor
bonito
De um amor perene
De um amor que já foi
E que deixou marcas
Tatuadas na alma
Um amor transformado
pelo tempo
Um mar de amor
Se apagando nos teus
olhos
Que não mais querem
morar nos meus
Olhares fugidios
Ternuras
esquecidas
Em um cais calado
Levezas ancoradas no
ontem
E um silêncio rugindo
as incertezas do hoje
Enquanto da tua alma
Não sinto incandescer
mais nada
Que me faça acreditar
Que o barco
Ancorado há muitas
luas neste porto
Possa um dia desancorar
do tempo
E simplesmente
Voltar a navegar
Ana Mascarenhas – 19/04/2014
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