terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O ALENTO DA FERRUGEM
Com o passar do tempo
Algumas pessoas
Vão mostrando suas garras
Garras afiadas de ganância
Garras afiadas de vaidade
Garras afiadas de poder
Até que a máscara cai
E as verdades vão se desvelando
Dia após dia
A face do anjo
Se contorcendo
Harmonia que desvanece
Paz que se transforma em guerra
De egos e vaidades
Que traiçoeiramente
Vão carcomendo tudo
Destilando veneno
Sugando energia
Deixando no dia
 Um rastro de insatisfação, insegurança e medo
Quando tudo poderia ser feito
De sentimentos
Que agregassem
Simplesmente
Cumplicidade, riso, verdade, leveza, confiança
E paz
Mas não há alívio
E o veneno segue escorrendo
Silenciosamente
Em nossas entranhas
Corroendo, corroendo, corroendo
Como a ferrugem
 Que corrói os trilhos
Deformando o destino
Que em vão
Tenta abrir suas asas
Sobre um abismo

Ana Mascarenhas – 04/12/2013














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