quinta-feira, 20 de junho de 2013




DESPINDO O VENTO

Às vezes sou como o vento
Quando geme diante das tempestades
Outras sou como a folha
Que balança na árvore quando a brisa sopra
Não quero ser o ontem
Nem o amanhã
Quero ser o agora
Verdade que verte
Ainda que doa
Eu devoro a vida
E ávida a vida me devora
Revelando rastros de um eu
Que não me cabe mais
Quero a verdade dissipando os fantasmas
Quero a confiança rompendo as amarras do medo
Quero ancorar em um porto sereno
Não quero um cais de desilusões
Quero um mar que me entorne
Quero rasgos de paz transpassando minha alma
Enquanto o espírito repousa
Despindo os nós
Dois



Ana Mascarenhas/Luís Fabiano – 20/06/2013

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