quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

EU MEIO TU, TU MEIO EU

Eu meio tu, tu meio eu
Em meio a ternuras e desejos
Eu meio tu, tu meio eu
Enquanto a madrugada nos invade
Entre rendas e surpresas
Eu meio tu, tu meio eu
Enquanto violões, paredes, e lençóis nos capturam
Eu meio tu, tu meio eu
Reagindo afetuosamente com o inesperado
Eu meio tu, tu meio eu
Conjecturando sobre a vida na calçada
Eu meio tu, tu meio eu
Sem ranços ou conceitos
Eu meio tu, tu meio eu
Sem rótulos
Ou formas
Ou gêneros
Eu meio tu, tu meio eu
Nós somos chuva
Nós somos um
Diante do mar
Que nos navega e traduz
Eu meio tu, tu meio eu
Cada vez mais emaranhados
Nas ondas de uma leveza
De almas, bocas, e pernas que se entregam
Enquanto nos descobrimos
De um jeito que nunca sequer imaginamos ser
 E hoje
 Despidos de tudo que já vivemos até antes de nós dois
Podemos dizer que somos
Infinita e verdadeiramente
Eu meio tu, tu meio eu

Ana Mascarenhas – 09/01/2013

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