ESPERANÇA NO DESERTO
No meio de um tempo
sem tempo
Uma vastidão de
anseios me invade
Ando no encalço daquilo que sou
Diante da leveza
esmaecida
Pulsa uma esperança
Ainda assim
Sinto meu coração
apertado
Ando pela casa
Uma inquietude me
ronda
Sirvo uma bebida
Fumo um cigarro
Escrevo mais uma
frase
Pela janela vejo a
dança solitária da noite
A porta ainda está
aberta
Mas não quero sair
Quero apenas acomodar
as palavras
Acender as velas
E voltar em paz
Pras miragens
Do meu deserto
Ana Mascarenhas –
14/12/2012
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